Confira aqui os prós e contras de cada modelo e descubra qual é a melhor opção para quem quer economizar na compra do seu próximo carro.
Muitos são os motivos pelos quais os brasileiros não investem num automóvel: inflação alta, peças caras ou escassas, estoques limitados e tudo o mais que implica na aquisição de qualquer carro. Há outro motivo, porém, que tem assombrado muito mais: o preço. Desde muito antes da quarentena, os preços dos carros subiram muito rápido, obviamente pela consequência de alguns fatores emergentes, sobretudo da economia.
Pensando nisso, surgiram novas possibilidades de modelos de carros mais baratos e econômicos: o Renault Kwid e o Fiat Mobi. De acordo com vários usuários, esses dois modelos têm agradado muito, pela acessibilidade, design e funcionalidade. São modelos considerados novos no Brasil, e os preços variam entre R$ 42.990 (Fiat Mobi, no catálogo Easy) e R$ 42.490 (Renault Kwid, Life).
Pelo menos a Renault possui alguns recursos interessantes, como 4 airbags de série. Porém, nem Mobi nem Kwid fornecem ações de controle de tração e boa estabilidade. Considerando o baixo custo, é certo que pares importantes de segurança ativa só serão aplicáveis a ambos os modelos quando a lei exigir recursos, e isso só começará a aparecer a partir do ano de 2024. Mesmo não mencionando o custo-benefício ou as vantagens do catálogo de versões ainda, vale a pena ressaltar a importante diferença entre o dois modelos.
Na intenção de obter um preço mais atrativo, a Fiat investiu num motor mais tradicional, neste caso, o conhecido motor 1.0 antigo com 4 cilindros da série Fire. Este tipo de motor oferece até 75 cv de potência e 9,9 kgfm de torque, e é sempre utilizado juntamente com uma transmissão de 5 velocidades, manualmente. Já a Renault apresentou uma versão um pouco menos tradicional que a Fiat, com motor 1.0 SCe para o Kwid. Com um design mais moderno, adota uma configuração de 3 cilindros que pode fornecer até 70 cv e 9,8 kgfm de torque.
Comparando os dois, pode parecer que exista uma diferença bastante interessante do ponto de vista de potência, e quem ganha essa disputa é o Kwid, com seu peso inferior de 758 kg na versão Life contra os 907 kg do Mobi Easy, favorecendo assim a marca Renault. Quando o assunto é carros mais acessíveis, o problema central da questão é que o consumo da Renault é muito melhor do que o do Mobi. A versão simplificada do Fiat pode atingir consumos de 13,5 km/l com gasolina na cidade e 15,2 km/l na estrada, enquanto as médias do modelo Kwid Life são 14,9 e 15,6 km/l, aproximadamente. Vale ressaltar que, devido ao baixo nível de disponibilidade do equipamento, as versões básicas desses dois modelos são favorecidas por equipamentos ultraleves.
Quando o assunto é a parte mecânica, a vantagem é dada para a marca Renault, que também contribui com 5 marchas de câmbio manual. Já na concepção dos veículos, a Fiat investiu numa carroceria bem compacta, com 3,56 m de comprimento, 1,63 m de largura e 2,30 m de entre-eixos. O Kwid, por sua vez, entra com um design mais mediano, com 3,68 m de comprimento, 1,57 m de largura e 2,42 m de entre-eixos, mesmo sendo pequeno e com pouco espaço, o modelo ainda consegue transportar duas pessoas confortavelmente no banco de trás.
Outro assunto relevante e que vale a pena destacar é o porta-malas. O do Kwid tem 290 litros de capacidade, com compartimento muito mais versátil em relação ao do Mobi, que tem apenas 200 litros de capacidade. Mas o ponto que deixa a desejar no Renault vai para a largura de sua carroceria, pois em sua dimensão, duas pessoas adultas nos bancos traseiros podem ficar tão apertadas a ponto de se encostarem no bordo do hatch, ou seja, a falta de espaço é a questão mais criticada no Kwid.
Enfim, o Renault Kwid apresenta muito mais caractrísticas positivas, incluindo o seu peso, que é bem mais leve do que o Mobi, e também é o mais econômico e o mais barato de se manter. A versão do Mobi remete a uma questão de uso mais comercial pelo seu design e espaço.
Por Daniela Almeida da Silva